O amor,ah o amor...

Minha mãe poderia ter me dado qualquer nome,Ana,Maria,Lucia e até quem sabe Clementina (ok,exagerei!). Mas enfim,dentro de centenas de opções ela escolheu Lorena,nome comum que tem um significado sem graça.

 E um belo dia percebi que independentemente do nome que ela tivesse escolhido,eu sempre seria conhecida como a "Senhorita Amor Platônico".

 As vezes,tenho a sensação de que meu esporte favorito é gostar de caras,que nem sabem que eu existo. E olha que já foram inúmeros, já teve o cara da escola,do inglês,do cursinho,da televisão,o cantor,o professor,o bobo,o gay,o bobo e gay,até mesmo o bailarino,sim,já gostei de um cara que fazia balé,me julguem.

 O engraçado desse "love way" é que qualquer coisinha te deixa boba,o sorriso,a maneira que o indivíduo usa pra te irritar,um oi,até um SMS meia boca já são o suficiente. Na teoria amor platônico e feito de fantasias e de idealização,você vê o ser amado como alguém perfeito,e infelizmente na prática é isso mesmo que acontece.

 O complicado é que sempre vai ter alguém que sabe desse seu amor secreto,e conta pra outro alguém,que conta pra outro,que conta pra outro,e de repente seu muso inspirador,princeso master,rei do Nilo,descobre que ele é o alvo de seu apreço. Depois disso, o que era amor platônico torna-se amor não correspondido,e daí vem toda a desilusão.

 O problema dessa estranha maneira de vida amorosa,é que de todas essas paixões só ficaram olhares entrelaçados,disparos no coração,algumas meias palavras,e a frustração de ter idealizado a pessoa de forma errada.

 Todo aquele clichê dos filmes americanos,eu nunca tive. Nada de borboletas no estômago,nada de cartas de amor,nada real. E agora percebo que é isso que faz toda a diferença, a realidade. Alguém real,com manias,gostos e defeitos. Alguém que te faça perder a cabeça mais que ao mesmo tempo consiga te fazer perder o ar. ( Momento inédito,eu sendo fofa,hehe!)

 Graças a Deus,neste momento não estou "falling in love" por ninguém,mas espero e desejo de coração que a próxima vez que eu me apaixonar seja REAL,sem cerimônias,sem excessos,um amor simples.Como diria o eterno Cazuza: Eu quero a sorte de um amor tranqüilo,

com sabor de fruta mordida

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